Resumo texto "Entre o Público e o Privado: aspectos do debate ético contemporâneo".

O autor cita o livro A Condição Humana (ARENDT, 1981), no qual falou sobre o papel que o mundo antigo teve na formação de nossas tradições de pensamento político. Quando falamos em “seguir o exemplo dos gregos” estaremos nos limitando a discutir novamente o que é público e o que é privado. À medida que a “evolução a partir dos gregos” significaria dizer que estamos além desta questão, utilizando sua solução para alcançarmos outros níveis de dúvida que nos caberá resolver. Assim, cada etapa da história funcionaria como um degrau ascendente, nos colocando hoje em um patamar elevado. Porém, convivemos com as mesmas questões que foram apontadas outrora ainda sem progresso.
É citado no texto que a esfera privada não era totalmente desprezada, que ela ajuda a preparar o terreno no qual acontecia a vida pública. Estariam incluídos na esfera privada os valores familiares, como educação e referência paterna, e religiosos, sendo assim isentos de discussão na esfera pública? Ou eram considerados públicos, sendo passivos de decisões sobre o seu formato?
Progredimos para o surgimento de regimes representativos e delegação de poder. O cidadão tornou-se passivo, preocupado apenas com sua sobrevivência. Para fazer a mediação entre o cidadão e o governo surgiu a sociedade civil, uma importante esfera. Ao ser o governo constantemente questionado sobre sua eficiência, estaríamos em uma espiral caracterizada pelo aumento de poder da sociedade civil e declínio do poder representativo? Seria a ascensão da sociedade civil o próximo passo da evolução, ao ponto que ela participa da política, e assegura, como resultado, que o governo seja mais