RESUMO-TEORIA ECONÔMICA
Marcos Paulo de Oliveira Reis
“Os dois métodos e o núcleo duro da teoria econômica”
Luiz Carlos Bresser-Pereira começa com a introdução acerca do problema teórico central da economia e de outras ciências: a escolha do método. Os economistas clássicos usavam o método histórico-dedutivo, porém a partir das ideias de Stuart Mill na metade do século XIV e da adoção do homus economicus como pressuposto começou uma tendência de matematização da economia, ainda que adiada pela influência de Marshal e posteriormente freada pela influência de Keynes, que eram adeptos do método histórico. Porém com a formalização do equilíbro geral por Arrow e Debreu e sua compatibilidade com a teoria econômica do crescimento de Solow o método hipotético passou a dominar a teoria econômica como um todo. Bresser destaca que os métodos hipotéticos não conseguem prever as mudanças econômicas e sociais, A dissertação gira em torno da comparação dos métodos hipotético e histórico e a superioridade do segundo para uso principal devendo apenas ser auxiliado pelo primeiro nas pesquisas.
As ciências podem ser distinguidas em metodológicas como a matemática, estatística e as ciências substantivas que podem ser naturais como biologia e física ou sociais como economia e sociologia. Assim como para as ciências metodológicas onde a lógica e exatidão matemática têm sentido indispensável, também nas ciências substantivas onde o objeto de estudo são os sistemas econômicos, que mudam constantemente devidos a fatores sociais e/ou históricos o método a ser adotado é necessariamente o histórico-dedutivo. A supervalorização da matemática em nossa sociedade, já iniciados por Kant e descartes que a elegeram como modelo para todas as outras ciências, faz com que os modelos fechados e exatos sejam muitas vezes usados como parâmetros para ciência sociais, quando deveriam ser usados os métodos históricos. Não se trata de duvidar da necessidade de utilização dos métodos hipotéticos, mas sim de seu