Resumo - São Paulo (Raquel Rolnik)
Introdução
A cidade de São Paulo, segundo Raquel Rolnik, causa impacto sobre seus visitantes por seu tamanho, seus edifícios e seu constante movimento de pessoas e objetos. A velocidade de São Paulo também está em sua “geografia construída” – a transformação espacial que sempre acontece e faz com que a paisagem da cidade sempre mude, como o espigão da Paulista, inicialmente ocupado por barões de café e capitães da indústria e agora atualizado pela contemporaneidade.
Com a transformação, surgem as contradições: às margens dos rios que antes espalhavam-se por várzeas e hoje são canais de esgoto, observam-se ocupações humildes e ruínas em contraste com belos edifícios.
Como uma cidade-mundo, São Paulo exerce influência sobre o resto do Brasil e do planeta, já que ultrapassa seus limites físicos sendo centro da atividade de diversas empresas que atuam em mercados regionais e internacionais, e possui grande quantidade de habitantes e “circulantes”.
A partir da vastidão territorial de São Paulo, nota-se a grande diversidade que a compõe: a heterogeneidade de “tribos” e suas ideias fazem com que existam cada vez mais “muros visíveis e invisíveis”, que dividem e distanciam as classes. Desta forma, a cidade é marcada por imagens contraditórias de riqueza e pobreza, ordem e desordem, etc.
Questões são levantadas por Rolnik para que o estudo da história de São Paulo nos seguintes capítulos guie o entendimento de como esta cidade tornou-se o que é e o que se tornará.
CAPÍTULO 1 - Da Vila Bandeirante à Cidade do Café
Fundada em 1554 por padres jesuítas, a Vila de São Paulo, embora sem ter muita importância para a economia do país até o século XIX, possibilitou aos bandeirantes a exploração e conquista de territórios, o que resultou na tomada de terras, escravização de índios e extração de minérios por parte dos mesmos.
A partir do século XIX, São Paulo tornou-se fundamental para o Brasil. A cafeicultura fez com que o local recebesse grande