Sao Paulo - Raquel Rolnik
A cidade que não para.
O livro de Raquel Rolnik retrata o crescimento da grande São Paulo, assim como seus momentos críticos, auges, migrações, imigrações, fase do café, entre outros; chegando enfim no momento em que vivemos, consecutivo de ações passadas.
Fundada em 1554 por padres jesuítas, nasce a vila de São Paulo. A princípio, sua economia não tinha grande relevância, mas suas fronteiras estavam abertas à entrada daqueles que assim desejassem.
Foi com o café e consecutivamente com a chegada da ferrovia Santos-Jundiaí , que a cidade passou a ganhar notoriedade, ligando as regiões produtoras com a capital do país.
Devido a prática da cafeicultura, as elites cafeeiras instalaram-se no centro, onde foi feita grande infra estrutura e urbanização, contrapondo-se com as periferias que eram habitadas pelos imigrantes e mais pobres, formando um grande bloco de habitações comerciais e residenciais. Nestas partes que eram geralmente afastadas do centro, mesmo havendo ligações com a massa elitizada, a divisão de classes econômicas prevalecia fortemente, determinando certos locais para ricos e outros para os pobres; o que não é nada espantoso comparado ao cenário urbano atual.
Essa importante fase de São Paulo não poderia deixar de chamar a atenção de políticos que passaram a se interessar pela área. Porém, no fim de 1920 a cidade passa por uma grande inflação, escassez e especulação que geram conflitos sociais, políticos e econômicos. A companhia responsável pela geração de energia, telefone e transporte prioriza seus investimentos para a obtenção do rio Pinheiros, o que resulta na chegada dos ônibus coletivos clandestinos.
Adiante, a cidade recebe novos planos urbanísticos, sendo o mais importante deles o modelo rodoviário de Prestes Maia, não obstante foi criado o pacto territorial, com a oficialidade das construções.
São Paulo já era um grande pólo industrial. Com a mudança no padrão de transporte, (automóveis e trens), e a