resumo Roteiro para Construir no Nordeste
Escrito pelo arquiteto Armando de Holanda, para sua tese de mestrado sobre desenvolvimento urbano no ano de 1976, o livro “Roteiro para Construir no Nordeste (Arquitetura como um lugar ameno nos trópicos ensolarados)” serve como um guia para as edificações que possam se estabelecer no Nordeste, pois existe uma tendência muito forte desde a colonização do país de se introduzir nas construções práticas utilizadas por países europeus, onde o clima é completamente diferente do aqui encontrado. Possuímos um verdadeiro clima de trópicos, muita luz, ventilação, umidade no ar entre outros, por isso se faz necessário saber o que é pertinente ou não para se utilizar em projetos arquitetônicos voltados para o nordeste, onde o clima difere bastante do clima encontrado em países da Europa.
O autor inicia o roteiro falando sobre a importância da sombra nas construções. Ao se criar uma sombra ampla, automaticamente a mesma se configurará como abrigo para as chuvas tropicais e como proteção para os raios solares. A sombra sendo aberta, com o seu espaço interno desobstruído, proporciona que a ventilação corra livremente pelo ambiente, retirando o calor e a umidade do espaço. Também é importante que a saídas de ar sejam de mesmo tamanho ou maiores que as de entrada, assim como uma coberta que possua ventilação, o que contribuiria para o isolamento térmico do ambiente.
Na sequência o recuo das paredes mostra o quanto esta prática oferece soluções simples para o aquecimento do ambiente interno e proteção das chuvas, sendo vistas do ponto arquitetônico, mas sendo sentidas por qualquer um. Ao se recuar paredes da fachada pode-se criar varandas, terraços, pérgolas e jardins sombreados. Essas paredes não possuem contato direto com as chuvas ou raios solares o que contribui para o conforto do local. Essas áreas sombreadas a frente das paredes recuadas servem como filtros, que suavizam o contato do ambiente externo com o interno. Por isso é importante