Resumo do livro: roteiro para construir no nordeste
Roteiro para construir no Nordeste – Arquitetura como lugar ameno nos trópicos ensolarados.
Armando de Holanda, UFPE, Mestrado de Desenvolvimento Urbano, 1976.
Como o título já diz, é criada uma espécie de roteiro que deve ser seguido no processo de criação arquitetônica na região Nordeste, pois a regra vem sendo a incorporação do pensamento arquitetônico estrangeiro, sem a indispensável filtragem à vista do ambiente tropical, e no Nordeste que tem uma natureza, uma luz e um clima de presenças fortes.
1. Criar sombra. Torná-la um abrigo protetor do sol e das chuvas tropicais, onde a brisa pode circular, retirar o calor e a umidade, para tal é necessário desobstruir o espaço interno e as aberturas de exaustão ser maiores ou iguais às de admissão. Criar uma cobertura ventilada que reflita e isole a radiação do sol, que pode ser feita com aberturas protegidas como lanternins, claraboias ou chaminés.
2. Recuar as paredes. Isso irá protegê-las do sol, da chuva, do calor e da umidade. As paredes recuadas geram terraços, varandas e jardins sombreados, onde se pode ter facilmente o contato entre o interior e o exterior, além de funcionar como filtros coadores da luz, evitando a arquitetura de volumes puros e explorando a longa projeção, a fachada sombreada e aberta.
3. Tirar proveito dos elementos vazados nos muros e paredes. Se dispostos corretamente em função da orientação do sol e dos ventos, eles deixam a brisa entrar e filtram a luz.
4. Aberturas devem ser projetadas para permanecerem abertas. Para isso, é necessário identificar o caminho do sol durante todo o ano e proteger as aberturas externas de forma eficiente, com projeções e quebra-sol. Evitar as desprotegidas fachadas envidraçadas.
5. As portas devem se adequar a situação e ao local que ocupam. Pode ser objeto convidativo entre o ambiente coletivo e individual; podem trazer privacidade; podem ser versáteis, vazadas, onde ao mesmo tempo em que protegem os ambientes permitem a tiragem