RESUMO REVOLU AO INDUSTRIAL E AS CIDADES
Extraído de "A cidade na história". Lewis Munford, Ed. Martins Fontes, 1991
As fábricas passaram a ser o núcleo do novo organismo urbano, e, grandes quantidades de água eram necessárias, no processo de produção. O rio ou canal tinha ainda outra função importante: era o mais barato e mais conveniente lugar de despejo de todas as formas solúveis de detritos. A transformação dos rios em esgotos abertos a poluição da água.
A produção e o consumo se contrabalanceavam rapidamente, antes que uma política conservadora de utilização de restos de metal se tornasse aceitável, os produtos finais disformes ou deteriorados eram atirados em qualquer lugar, na paisagem. As casas costumavam ser construídas junto a usinas siderúrgicas, dia após dia, o mau cheiro dos dejetos, o negro vômito das chaminés e o ruído das máquinas martelantes ou rechinantes, acompanhavam a rotina doméstica.
A ferrovia levava pra dentro da cidade não apenas o ruído e a imundície, mas os únicos tipos de edificações industriais e alojamentos impróprios que podiam resistir ao ambiente que produzia. Já quanto à própria habitação, as alternativas eram simples. Nas cidades industriais que cresceram com base em fundações antigas, os trabalhadores foram inicialmente acomodados pela transformação das velhas casas familiares em alojamentos de aluguel. A começar pela Inglaterra, milhares de moradias dos novos trabalhadores, em cidades como Birmingham e Bradford, foram construídas fundos contra fundos. Nos novos bairros superpovoados da cidade. As privadas, de uma imundície indescritível, ficavam geralmente no porão; era também prática comum ter chiqueiros debaixo das casas, e os porcos voltaram a invadir as ruas, como não faziam havia séculos. Não se construíam casas em número suficiente em muitas cidades e, os porões eram usados como moradias, nesse caso condições piores ainda predominavam.
Nas grandes capitais, onde ainda perduravam algumas das antigas tradições municipais,