resumo Relativizando Roberto Damatta

Relativizando As diferenças entre as ciências sociais e naturais são inúmeras. Entre elas cabe destacar a possibilidade de nas ciências naturais se realizar experimentos repetidamente, de modo a validar o resultado e sanar todas as dúvidas possíveis, enquanto nas ciências sociais, frente as inúmeras significações que o homem dá ao mais simples dos atos (como comer um pedaço de bolo) há uma diferente complexidade na observação do fenômeno que, ademais, não pode ser repetido sob condições controladas ao bel prazer do cientista. Além disso as conseqüências do resultado de pesquisas nas ciências naturais tomam maiores proporções, pois, apesar das dificuldades existentes no desenvolvimento de novas teorias das ciências sociais, é mais fácil uma pessoa trocar seu carro ou sua televisão do que suas crenças e ideologias políticas. Na antropologia, ao se estudar os nomes nas sociedades Timbirá e Sanumá, por exemplo, vê-se que na primeira o nome não tem o papel de individualizar, como na nossa, sendo não dado, mas transmitido, como o nome de um tio, pai, avô e etc. enquanto na Sanumá o nome é tão individual que é segredo! Dessa forma tem-se uma melhor percepção da função individualizadora frente aos outros indivíduos do nome na nossa sociedade. A inovação da antropologia é que se pode apresentar aos Timbirá a teoria a respeito do seu uso dos nomes, criando uma relação dialógica entre sujeito observador e “objeto” estudado.
A antropologia geral tem suas subdivisões sendo algumas delas:
1) Antropologia biológica, que não á análise de diversas raças de homens, conceito esse já superado, mas o estudo de primatas superiores, como os macacos e dos aspectos biológicos do homem. Remete a uma escala de milhões de ano, uma história fria, congelada, em que o tempo, por se contar em períodos incomensuráveis diante da brevidade da vida humana, perde a capacidade de referência. São consideradas as evoluções como o homem se tornar bípede, a diferenciação entre a estrutura óssea de