Resumo Realismo
O realismo surgiu a partir da segunda metade do século XIX, onde as ideias do liberalismo e da democracia ganham mais espaço. As ciências evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico. Uma agitação cultural se inicia em 1870 no Brasil devido ao contato frequente de academias do Recife, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro com grandes cidades europeias e também surgia a população urbana, a desigualdade econômica e o aparecimento do proletariado. Junto desses fatos, ocorria o progresso tecnológico: o avanço da energia elétrica; o surgimento de novas máquinas que facilitavam a vida, como o carro, por exemplo. Entre as correntes filosóficas da época, destacam-se: o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo.
A característica principal deste movimento foi a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser humano. Possuía um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros. Com uma linguagem clara, os artistas e escritores realistas iam diretamente ao foco da questão, reagindo, desta forma, ao subjetivismo do romantismo. Uma das correntes do realismo foi o naturalismo, onde a objetividade está presente, porém sem o conteúdo ideológico. Nas obras em prosa, o realismo atingiu seu ápice na literatura.
O Realismo é caracterizado por: a oposição ao idealismo romântico, não a envolvimento sentimental; representação muito fiel da realidade; romance como meio de combate e crítica à instituições sociais, como por exemplo o casamento; análise de valores burgueses com visão crítica, e uma denuncia da hipocrisia e corrupção da classe; influência dos métodos experimentais; narrativa detalhista, minuciosa e suas personagens analisadas psicologicamente.
Os romances realistas são de caráter social e psicológico, abordando temas