Resumo - realismo e Machado
Realismo
A realidade industrial mecanizada, os transportes inovadores e as distinções sociais mais acentuadas (distinção entre burguesia e classe trabalhadora) tornavam inviável a visão de mundo romântica -> artistas buscam um novo parâmetro de interpretação da realidade. Assim, a objetividade tomou o lugar do subjetivismo romântico e a valorização desmedida da emoção foi abandonada.
Em lugar de tratar dos dramas individuais, o olhar realista localizara a sociedade e os comportamentos coletivos.
Objetivos: representar a realidade de modo que permita compreender a origem de práticas e comportamentos sociais negativos. Além disso, buscava prender o leitor, e não convencê-lo a se comportar de alguma maneira, como queriam os românticos.
Escritores adotam a razão e a objetividade como lentes através das quais observam a realidade.
Revelam uma burguesia hipócrita e fútil, que explora o proletariado enquanto defende o amor, a justiça e a igualdade.
Circulação: folhetins (como no Romantismo).
As primeiras publicações realistas chocaram o público, que procurava obras para entender a realidade da sociedade da época e encontrava críticas e condenações acerca do seu modo de vida. Por esse motivo, a reação foi a de desqualificar autores mais incisivos, inclusive Machado de Assis, por Memórias Póstumas de Brás Cubas.
A visão crítica e leiga dos leitores, aliada à habituação à estrutura romântica, causaram a falta do consumo das obras produzidas dentro dos moldes realistas.
Para solucionar tal problema, Machado passou a utilizar-se de um diálogo constante com o leitor em suas obras, a fim de criar uma espécie de identidade. Ele sabia que o público deveria se interessar pela obra, para então adquiri-la e, desse modo, garantir a sua atividade de escritor.
Artista procura analisar a realidade que o cerca, adotando a razão como instrumento principal.
Interesse pelo funcionamento e organização da sociedade leva os escritores realistas a abordarem