Resumo - racionalidade limitada
Capítulo 4: Os Processos Decisórios nas Organizações e o Modelo Carnegie (Racionalidade Limitada)
4.1 Introdução
O modelo da racionalidade limitada ou modelo Carnegie surge como crítica a racionalidade absoluta subjacente ao modelo econômico clássico (que confere aos tomadores de decisão a possibilidade de otimizar suas decisões a partir do conhecimento de todas as opções disponíveis). Os estudiosos deste modelo propuseram o conceito de que a racionalidade é sempre relativa ao sujeito que decide, não existindo uma única racionalidade tida como superior.
4.2 O modelo decisório racional da economia clássica
A economia clássica baseia-se em uma concepção absoluta de racionalidade, no sentido de que pressupõe, por parte do tomador de decisão, um conhecimento absoluto de todas as opções disponíveis de ação. Baseando-se nesse conhecimento e no processamento das informações disponíveis, o tomador de decisão pode pesar todas as opções de ação possíveis e escolher a melhor; esse procedimento de tomada de decisões associa-se à definição da melhor maneira (one best way). O planejamento estratégico antecipa-se à ação, que é estruturada de modo consciente e calculado. De acordo com esse modelo, o processo decisório baseia-se em três etapas:
- Identificação e definição dos problemas a partir de uma análise de oportunidades e ameaças próprias a um ambiente de negócios específicos.
- Elaboração de várias soluções para os problemas identificados a partir das informações existentes.
- Comparação exaustiva das consequências de cada alternativa de ação seleção das alternativas, decisão e implementação da melhor alternativa de ação possível, de acordo com critérios previamente estabelecidos.
Esse modelo ignora a ambiguidade e a incerteza típica dos processos decisórios nas organizações. Pressupõe que quem toma a decisão necessariamente