Resumo Psicologia, Educação e a Sociedade Contemporânea
COMO OS PRESSUPOSTOS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL FAVORECEM O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NAS ESCOLAS? QUAIS OS LIMITES E DESAFIOS DESTA COMPREENSÃO?
[..] A escola tem sido objeto de interesse e estudo de vários educadores e pesquisadores de diversos campos de conhecimentos por ser um elemento que afeta todas as camadas sociais e tem sido considerada espaço de transição da criança do ambiente familiar para o ambiente social (CONTINI, 2000).
É um espaço constituído por pessoas, por subjetividades em relações (SOUZA, 2005), gerando, dessa forma, um emaranhado complexo de relações e conflitos, resultantes das interações em que concorrem valores, crenças, experiências e motivações sempre permeados de afetos.
Nesse contexto, os sujeitos que tomam parte das práticas escolares manifestam nas interações convergências, divergências, incompatibilidades, aceitação, resistências e contradições, procedentes também de outros campos de suas experiências sociais, as quais geram novos sentidos e significados que, por conseguinte, produzem fenômenos que configuram a subjetividade dos sujeitos (GONZÁLEZ REY, 2003; SOUZA, 2005).
Contudo, ainda que a escola, enquanto espaço reconhecidamente legitimado pela sociedade, situe-se em um patamar de grandeza de primeira ordem, pode-se dizer que tem sido atribuída a ela uma função social inatingível, observada nos índices de alfabetismo funcional, fracasso escolar, evasão, violência, doenças psicossomáticas e outros que envolvem não só os alunos mas também os professores. Enfim, é um cenário cujas manifestações/exteriorizações sinalizam certo mal-estar que tem afetado, cotidianamente, as subjetividades dos que lá se encontram.
Este mal-estar é decorrente de uma série de mecanismos de ordem política, administrativa, pedagógica, didática, intra e interpessoal, que permeiam o ambiente escolar (CONTINI, 2000). Portanto, há que se questionar se as ações sociais e pedagógicas dessa instituição