Resumo Psicologia Como Uma Ci Ncia Social
Nikolas Rose
Palestra apresentada em 2006/2007
O objetivo deste texto é o de demonstrar como a psicologia está desde seu nascimento diretamente relacionada ao social e os motivos deste relacionamento. Começamos a ver na aula passada (em que estudamos Figueiredo e o nascimento da psicologia) que para que a psicologia surja como ciência ela precisa atender a algumas demandas sociais. Neste texto, Nikolas Rose apresenta a relação da psicologia com o social de forma crítica, relacionando-o com a ideologia dominante em cada momento e, ao final, questiona-se se haverá ainda nos próximos séculos a necessidade de uma psicologia.
Tese:
Com o nascimento do capitalismo, ocorre um processo de individualização e psicologização da vida coletiva. Quando a psicologia surge como ciência, no século XIX, os seres humanos passam a se compreender como se fossem habitados por um profundo e interno espaço psicológico. De acordo com esta crença, este espaço estaria avaliando-os e agindo sobre eles mesmos (a “maldição da auto-consciência” ou “Dancem macacos, dancem”). As pessoas passam a se descrever em uma linguagem psicológica referente a uma identidade – quem sou eu – julgando-se de acordo com uma ética psicológica.
A partir disso, tudo passa a ser entendido em termos de dinâmicas psicológicas das relações interepessoais. Por exemplo: problemas sociais, preconceitos, criminalidade e pobreza. A psicologia passa a doar conhecimentos para diferentes áreas com a intenção de fazê-los pensar como psicólogos.
Assim, por surgir por uma demanda e por atuar no social, a psicologia pode ser compreendida como uma ciência social e até mesmo política.
História da psicologia:
Qual foi a demanda social para o surgimento da psicologia? A demanda social para o surgimento da psicologia foi a necessidade de controle de condutas individuais e coletivas (nas fábricas, prisões, exércitos, salas de aula e tribunal). O objetivo era que a psicologia pudesse oferecer