Resumo Prova Liliana
XVIII. O filósofo, compositor e escritor francês Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778), seguindo as influências pedagógicas da sua época, rejeita o racionalismo que se instaurou gradualmente na linguagem e no ensino de música, a partir de René
Descartes (1596-1650) até seu contemporâneo Jean-Philippe Rameau (1683-1764).
No século XVII assistimos à inversão dos aspectos constitutivos da linguagem musical que, de uma matematização presente na Antiguidade Grega, revela-se agora como uma linguagem dos sentimentos. A música passa a ser um estímulo emotivo. Foi buscando esse novo parâmetro de ensino que assistimos a implantação da chamada pedagogia ativa, bastante presente nas idéias de Jean-Jacques
Rousseau, Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), Maria Montessori (1870-1952),
Ovide Decroly (1871-1932) e Celestin Freinet (1896-1966). Posteriormente J. H. Pestalozzi procurou dar um novo sentido à educação do povo, fazendo dela um instrumento de reforma social. Pensou a escola como uma extensão do lar, transmissora de segurança e afeto, desenvolvendo uma educação experimental com abertura para a música. Propôs uma educação moral dividida nas seguintes etapas: o amor; a percepção e o exercício moral; a linguagem e a verbalização da moral. “O instrumento musical por excelência é o corpo humano inteiro, ele é mais capaz, do que qualquer outro, de interpretar os sons em todos os seus níveis de duração.” (BACHMANN, 1998, p. 37). Dalcroze não desenvolveu um método fechado com canções e regras específicas, mas, um sistema de ensino em que o professor tinha a possibilidade de criar seus próprios exercícios, desenvolvendo princípios e idéias próprias. Ele dividiu sua metodologia em três partes: a rítmica (ou eurritmia), o solfejo e a improvisação. A rítmica foi desenvolvida por Dalcroze no início do século XX como uma pedagogia