Resumo parametros curriculares nacionais
PCN’S LÍNGUA PORTUGUESA
1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Introdução
A questão da leitura e da escrita tem sido o eixo da discussão no que se refere ao fracasso escolar. Os índices brasileiros de repetências estão diretamente ligados à dificuldade que a escola tem de ensinar a ler e a escrever. Isso apresenta-se mais evidente na primeira e quinta séries do Ensino Fundamental (atualmente 1º e 6º ano); na primeira série, por dificuldade em alfabetizar; e na quinta série, por não garantir o uso eficaz da linguagem, impedindo o avanço progressivo dos alunos, pelo menos, até a oitava série (9º ano). Essas evidências de fracasso escolar apontam a necessidade da reestruturação do ensino da Língua Portuguesa, com objetivo de encontrar formas de garantir, de fato, a aprendizagem da leitura e da escrita. Na década de oitenta, a produção científica, livros e artigos começaram a circular entre os educadores gerando uma mudança na forma de compreender o processo de alfabetização; deslocando a ênfase habitual em “como se ensina” para “como se aprende”, considerando as hipóteses que as crianças constroem sobre a língua escrita ao tentar compreendê-la. É importante lembrar que essas mudanças são difíceis, pois não se dão pela substituição de um discurso por outro, mas pela real transformação da compreensão e da ação pedagógica. Esforços pioneiros de transformação da alfabetização escolar consolidam-se, ao longo da década. As práticas de ensino começam a dar um enfoque ao uso da linguagem, onde a fala e a escrita são um meio de expressão e comunicação (textos) e não mais resultado de um produto a ser avaliado. As situações didáticas passam a ter como objetivo que os alunos pensem