Resumo Os EUA e o golpe de 64
Fica evidente na matéria, a grandiosa participação dos EUA no golpe que destituiu João Goulart da presidência brasileira. Diversas escutas, comprovaram a enorme participação americana, a primeira gravação foi registrada no dia 30 de julho de 1962, entre o embaixador americano Lincoln Gordon e o presidente Kennedy, estima-se que nem mesmo 20% de tais gravações foram analisadas, mesmo assim não é difícil ter a certeza que os EUA bancaram o golpe, deram apoio, não só financeiro como também com tropas de navios e aviões prontos para atacar, caso fosse necessário.
Desde a renúncia de Jânio Quadros o governo americano temia a aproximação brasileira do regime comunista, esse medo ficou ainda mais evidente quando Jango promete lutar pelas reformas de base. Goulart teve um começo difícil, teve seu poder limitado pelo parlamentarismo, mas logo depois teve seu poder pleno pela restituição do presidencialismo, o que acabou gerando um “medo” maior nos americanos.
Chama atenção também, o fato da CIA estar totalmente comprometida para evitar revoluções de países que se aproximassem do comunismo, na matéria é relatado que esse órgão foi responsável por pelo menos 26 golpes de estado, inclusive, por intermédio de um general americano chamado Walters, foi articulado toda a trama, desde o início do golpe até o novo sucessor, o militar Castelo Branco.
Acredito que a embaixada americana foi inteligente, financiaram os grandes adversários de Jango, como por exemplo, Carlos Lacerda. US$ 5 milhões, foram distribuídos somente para apoiar os partidos de oposição. Institutos como o IPES (instituto de pesquisas e estudos sociais) foram articulados a propagar na mídia materiais anticomunistas e oposição a Goulart.
A operação denominada Brother Sun, traria ao litoral de Santos, por exemplo, grandes tropas capazes de intervir a qualquer momento, se fosse necessário. E no dia 31 de março de 1964 MG deu início ao golpe, no dia seguinte João Goulart foi informado