Resumo No Jardim das Feras
Eu sou fã de literatura de guerra. Mas fã de verdade. Do tipo que não pode ver um livro que não conhecia sobre o assunto que, pela graça da Mastercard, ele aparece na minha estante (sou devota). Com “No jardim das feras” essa mágica aconteceu. Quando vi que o livro era uma biografia, o ciclo mágico se completou.
O livro nos apresenta William Dodd – professor da Universidade de Chicago e historiador – que recebe a missão de assumir a Embaixada de Berlim em 1933 depois que 4 pessoas já haviam recusado o posto. Hitler acabava de assumir o poder e a Alemanha estava imersa em problemas econômicos e sociais com uma polícia cada vez mais violenta que dava início às perseguições a judeus e comunistas. Claro, quem assumisse esse posto teria que cobrar o mais de um bilhão de dólares que a Alemanha devia aos EUA e ninguém queria ter essa conversa com Hitler.
Mas estamos falando de 1933 – Hitler era “apenas” o chanceler. Muitos poderiam dizer que seus poderes tinham certo limite nessa época, até certo ponto era verdade. O problema era que os países não viam nada demais no que acontecia na Alemanha. De fato, o autor deixa muito claro que nos Estados Unidos, grande parte da população repudiava os judeus e queria que o governo não permitisse que entrassem no país. Em determinado momento, o governo norte-americano colocou como exigência para o visto de que o país de origem desse um atestado de boa conduta. Isso significa que um judeu que queria fugir da Alemanha precisaria pedir para o governo alemão um atestado que mostrasse o quanto esse judeu era gente boa. Vai vendo…
Dodd assumiu a embaixada norte-americana em Berlim nesse redemoinho de problemas que parecia passageiro mas, como sabemos, era apenas o começo de algo muito pior e mais drástico.
Enquanto Dodd estava perdido na diplomacia estranha que tinha que exercer, sua filha Martha arrasava na alta sociedade alemã. Descrita como muito bonita, divertida e inteligente, Martha teve diversos casos com