resumo monografia feb
Ao se iniciar a guerra na Europa, as relações internacionais do Brasil se caracterizavam por uma política de eqüidistância pragmática que consistia, basicamente, na aproximação simultânea com os Estados Unidos e a Alemanha. Entretanto, diante da evolução do conflito europeu, o Brasil tornou-se gradativamente mais comprometido com os norteamericanos para um posicionamento na guerra ao lado dos Aliados.
Através das conferências interamericanas, o governo dos Estados Unidos procurou assegurar, na hipótese de generalização do conflito, o apoio do conjunto dos países latino-americanos e no ano de 1939, durante a conferência do Panamá, foi declarada a neutralidade das repúblicas americanas diante da guerra na Europa. Subseqüente a isso no ano de 1940 foi afirmada a solidariedade continental em face de uma agressão externa a qualquer país do continente passando a vigorar a partir de então a determinação constante da Carta de Havana de que Todo atentado de um Estado não americano contra a integridade ou a inviolabilidade do território e contra soberania ou independência política de um estado Americano será considerada como um ato de agressão contra todos os estados que assinaram esta declaração.
Os ideais do pan-americanismo foram insistentemente repetidos nas diversas conferências interamericanas realizadas, em que eram exaltados traços de identidade entre as nações do continente, a fé nas instituições republicanas, a aspiração à democracia, a crença na solução pacífica das disputas e, acima de tudo a soberania dos Estados. Essa última característica garantia aos Estados Unidos a possibilidade de criar um elo de ligação entre regimes muito distintos, como a democracia norte-americana e algumas ditaduras latinoamericanas.
A adesão do Brasil as determinações do assinado em Havana lhe acarretava uma série de vantagens políticas e, sobretudo econômicas, em que previam a concessão de créditos em troca do compromisso do