A arquitetura da Mesopotâmia empregou nos seus estágios iniciais tijolos de barro cozido, maleáveis, mas pouco resistentes, o que explica o alto grau de desgaste das construções encontradas. Muitas obras de escultura mesopotâmica se perderam por terem sido executadas em argila. Estátuas de pedra ou outros materiais mais resistentes são raras, e representam sempre a realeza. Enquanto os povos da Europa só conheciam a pedra polida, no oriente próximo desenvolviam-se importantes civilizações. As obras mais representativas da construção na mesopotâmia - os zigurates ou templos em forma de torre - são da época dos primeiros povos sumérios e sua forma foi mantida sem alterações pelos assírios. Na realidade, os zigurates construía pirâmides com degraus e rampas laterais coroada por um templo, tratavam-se de edificações superpostas que formavam um tipo de torre de faces escalonadas, dividida em várias câmaras. As parede internas eram revestidas de pintura, como, por exemplo, o palácio de Mari, construído na época dos novos reinos sumérios. Suas paredes ilustram episódios marcantes da vida do rei. Nabucodonosor 604-562 a.C. não se gabava de suas guerras, mas de suas construções. O zigurate da cidade de Ur é um dos que se conservam em melhor estado, graças a Nabucodonosor II, que ordenou sua reconstrução depois que os acádios o destruíram. O templo consistia em sete pavimentos e o santuário ficava no terraço. Acredita-se que na reconstrução tentou-se copiar a famosa Torre de Babel, hoje destruída. Totalmente construído com tijolos cozidos e palha, o grande zigurate de Ur ainda mantém de pé sua magnifícia escalinata. Sua imponente figura em meio à planície da cidade o transforma no centro social e religioso. No Código de Hamurabi, arquitetos e escultores são mencionados ao lado de ferreiros e sapateiros, ou seja, constituíam a terceira classe da sociedade mesopotâmica: os mushkinu - palavra da qual deriva o vocábulo "mesquinho. A escrita cuneiforme permitiu o