Resumo Mayra
Com a reforma universitária de 1968, deu-se origem o novo ensino superior privado. Essa reforma visou a modernização e expansão das Instituições públicas destacadamente das universidades federais. Entretanto, as modificações introduzidas nas universidades federais não conseguiram ampliar satisfatoriamente suas matriculas para atender à crescente demanda de acesso.
A reforma produziu efeitos paradoxais, por um lado, modernizou as unidades federais criando condições para a articulação entre ensino e pesquisa. Por outro lado, abriu condições para o surgimento de um ensino privado denominado por “ antigo padrão brasileiro de escola superior” – Instituições organizadas a partir de estabelecimentos isolados, voltados para a mera transmissão de conhecimentos de cunho profissionalizante e distanciados da atividade de pesquisa.
Esse ensino superior privado que surgiu após a Reforma de 1968, tende a ser qualitativamente distinto, em termos de natureza e objetivos, do que existia no período precedente, cujo principal característica se trata de um sistema estruturado nos moldes de empresas educacionais voltadas para a obtenção de lucro econômico e para o rápido atendimento de demandas do mercado educacional. Esse novo padrão enquanto tendência, subverteu a concepção de ensino superior ancorada na busca da articulação entre ensino e pesquisa, na preservação da autonomia acadêmica do docente, no compromisso com o interesse público, convertendo sua clientela em consumidores educacionais.
Os primeiros anos da década de 1960 foram marcados por um intenso movimento visando a reforma do sistema universitário brasileiro, do qual participaram docentes, os pesquisadores e o movimento estudantil.
O “novo” ensino superior privado emergiu de uma constelação de fatores complexos, entre os quais se destacam, num