Resumo - Mapeamento do sujeito cerebral na cultura contemporânea
O artigo trata-se de exposições e resultados de uma pesquisa em Neurociências e a Sociedade Contemporânea, e esta por sua vez, propõe-se a mapear o ‘’sujeito cerebral’’, com foco nas imagens e nas práticas que podem ser nomeadas de neurocultura. Para os autores sujeito cerebral é a figura antropológica que incorpora a ideia de que o ser humano é essencialmente reduzível a seu cérebro. A pesquisa está sendo realizada em cooperação com as instituições das quais fazem parte os dois autores.
O objetivo do estudo é traçar a história do sujeito cerebral, examinar alguns dos seus efeitos intelectuais e práticos, e mapear pelo menos algumas de suas principais incorporações sociais e culturais nos domínios tanto das ideias como da prática e mapeando a presença multifatória na cultura contemporânea.
Passadas algumas décadas crescimento da discussão a respeito do impacto social das neurociências, também da convergência cada vez maior com a genética. Os problemas do indivíduo e da individualidade continuam primariamente relacionados à estrutura e ao funcionamento do cérebro. Porém alguns termos como ‘’cerebralidade’’ e sujeito cerebral podem auxiliar a conectar processos sociais, representações culturais, desenvolvimentos científicos, e desenvolvimentos em medicina, filosofia, educação, mídia e outros campos, que historiadores, filósofos, antropólogos e sociólogos têm estudado a partir de suas próprias perspectivas.
Para os autores, o cérebro tem funcionado além de mediador um agente social. E é por isso que, e nessa pesquisa foi abordado as neurociências como ligadas ao social, como tendo ‘’implicações’’ ou um ‘’impacto’’ na sociedade. Eles afirmam também que, nem a lei, nem a medicina, e nem mesmo as próprias neurociências, são independentes de representações, valores, esperanças e práticas cujas origens estão fora de suas fronteiras profissionais, enfatizando assim a relação do social com neurociência.
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