geraçao
João Francisco de Lemos
RESUMO
Neste artigo, examinamos o uso de um dos emblemas geracionais mais adotados pela imprensa brasileira: “Geração Digital” (nomeada, alternativamente, de “Geração On-Line”, “Geração Internet”, “Geração
Conectada”, “Geração Z” ou “Geração Pontocom”). Nosso objetivo é demonstrar como os retratos midiáticos da “Geração Digital” exaltam discursivamente posturas e práticas juvenis que prefigurariam ou sintetizariam um padrão exemplar de subjetividade, afinado com premissas e interesses do atual estágio do capitalismo.
Palavras-chave: Juventude; geração; imprensa; subjetividade; tecnologias digitais; capitalismo flexível.
Abstract
This article examines the use of one of the generational labels most adopted by the Brazilian press: “Digital Generation” (alternatively named
“On-line Generation”, “Internet Generation”, “Connected Generation”,
“Z Generation” or “Dotcom Generation”). Our objective is to demonstrate
Doutor em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde coordena a Linha de Mídia e
Mediações Socioculturais do Programa de Pós-Graduação. Pesquisador do CNPq. Autor, entre outros trabalhos, do livro Reinvenções da resistência juvenil: os estudos culturais e as micropolíticas do cotidiano (Rio de Janeiro: Mauad,
2007) e co-editor da coletânea Novos rumos da cultura da mídia: indústrias, produtos, audiências (Rio de Janeiro:
Mauad, 2007).
Mestre em Ciências Humanas e Saúde pelo Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ). Mestrando em Comunicação pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) e pesquisador do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Candido Mendes
(CESAP-UCAM).
c o m u n i c a ç ã o , m í d i a e c o n s u m o s ã o pa u l o v o l . 5 n . 13 p. 11-25 j u l