Resumo Macroeconomia
Créditos às pessoas físicas, inadimplência e a crise econômica internacional Entender como está ocorrendo o crescimento de crédito no Brasil torna-se necessário para poder analisar a situação e evitar que esta vire uma “ bolha especulativa”, como ocorreu em outros países. Utilizando o caso dos Estados Unidos que o sistema financeiro concedia financiamento imobiliário a pessoas que não tinham uma renda compatível com a dívida adquirida, até pessoas ilegais conseguiam este tipo de financiamento. A ampliação de crédito fez com que o preço dos imóveis subissem continuamente e com a legislação vigente, que permitia que as pessoas renegociassem o contrato do empréstimo várias vezes. Quando o valor dos imóveis começou a cair, os bancos executaram as garantias, mas mesmos assim não conseguiam reaver todo o valor devido. Isso só fez com que os valores dos imóveis caíssem mais. No caso do Brasil, o crédito vem crescendo a taxas elevadas porém o nível de endividamento das famílias ainda é baixo se comparado a regiões que estão em crise. O crédito imobiliário cresceu acima da média, mas ainda está num nível a baixo ao apresentado pelos Estados Unidos. Chegou a ser 5,5% do PIB brasileiro em junho de 2012 enquanto o dos Estados Unidos era de 65% do PIB e o da África do Sul era de 27% do PIB. O que mais preocupa é nível de comprometimento da renda das famílias com os juros e as amortizações, que estavam em 22%. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o nível brasileiro é o mais alto em comparação aos países emergentes da América Latina – o México apresentava mais ou menos 5% e o Chile 15%. Até os Estados Unidos apresentavam um nível de comprometimento em torno de 11 %, segundo o FED ( Federal Reserve). Isso gera uma hipótese de que elevado nível de comprometimento da renda junto com a alta taxa de inadimplência estaria limitando o crescimento de crédito no Brasil. Porém os dados dos BCB ( Banco Central do Brasil) demonstram que