Resumo Lênin, "O Estado e a Revolução", cap. 1

352 palavras 2 páginas
Lênin inicia o primeiro capítulo de “O Estado e a Revolução” citando as deturpações da obra de Karl Marx após sua morte (pp.7-8). Ele se vale de trechos do trabalho de Marx e Engels ao longo de todo o livro, começando por retomar a ideia marxiana inicial de que o “Estado é o produto e a manifestação do antagonismo inconciliável das classes” (p. 9). Também critica a falácia construída a respeito do braço armado do Estado, que diz que este existe decorrente da evolução que torna a sociedade complexa e diferencia as funções sociais e não porque as classes inconciliáveis estejam sempre preparando seu braço armado para o conflito que decidirá a classe dominante (p.13). Lênin ainda exalta o ponto dos impostos e da dívida pública como forma de manutenção do poder público acima da sociedade e os privilégios concedidos a funcionários públicos (pp.15-17). Não há melhor forma de assegurar a riqueza, segundo ele, senão por uma república democrática. Além da corrupção e da vinculação dos funcionários do governo à elite capitalista na democracia, o sufrágio universal é também uma forma de dominação burguesa, pois cria a impressão da possibilidade da maioria proletária ser representada (p.18 e 19). Para o autor, a pior deformação da teoria de Marx é a concepção do fim do Estado sem a necessidade de uma revolução (p. 22). Ele estabelece ainda na visão de Engels, a diferença entre a “abolição” e a “morte” do Estado, sendo essa o fim do Estado proletário que segue à revolução e aquela a substituição do estado burguês pelo domínio do proletariado (p.22). Também faz uma crítica ao socialismo a ele contemporâneo que parecia excluir a participação da violência no processo de superação do Estado burguês (p.25). Para Engels e Marx, seria impossível instaurar a ditadura do proletariado sem uma revolução violenta.

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