Resumo Hobsbawn
A começar pelo texto “O sentido do passado”, Hobsbawn reflete sobre o sentido que o passado tem para a consciência humana como padrão para o presente “...onde cada geração copia e reproduz sua predecessora até onde seja possível, e se considera em falta para com ela na medida em que falha nesse intento”. Algumas sociedades voltadas à tradição valorizam bastante essa relação com o passado. Dessa forma podemos dizer que existem sociedades que seguem essa dinâmica quando busca no passado a legitimação para sua organização presente. Assim diz Hobsbawn:
“O passado social formalizado é claramente mais rígido, uma vez que fixa o padrão para o presente. Tende a ser o tribunal de apelação para as disputas e incertezas do presente: a lei é igual ao costume...”
Mesmo com essa relação passado\presente na sociedade, vale lembrar que em alguns momentos o passado dá espaço à inovação, no entanto cada cultura vai trabalhar de maneira diferente com essa inovação. O autor cita a Índia no século XX, quando “estudiosos investigaram a os modos pelos quais os poderosos e rígidos sistemas tradicionais podem se estendidos ou modificados, seja na consciência ou na prática, sem serem oficialmente rompidos, ou seja, nos quais a inovação pode ser reformulada como não inovação”. Finalizando, Eric Hobsbawn reflete sobre a questão da genealogia e da cronologia como formas de usos sociais do passado. Cronologicamente as sociedades entendem o tempo como uma série de eventos que ocorrem sucessivamente, ou seja, tais eventos só acontecem procedendo outros. Genealogicamente para a sociedade, saber que se pertence a uma tradição antiguíssima gera certa satisfação emocional, pois encontram no passado suas características do presente, tornando-a mais rígida por resistir firmemente ao tempo.
No segundo texto “Todo povo tem história”, Eric Hobsbawn faz uma discussão detalhada do estudo do