Resumo Eutifron
Curso de Filosofia
Seminário de Filosofia Antiga 2015/ 1
Professor: Pe. Gilmar Boaventura Campos
Aluno: Rafael Henrique Lopes
Data: 11/03/15
Na obra Eutífron, diálogo escrito por Platão, encontra-se uma discussão entre Sócrates e Eutífron, a respeito do conceito de piedade ou impiedade. No decorrer do diálogo tenta-se obter esse conceito. Mas Sócrates tenta abstrair de Eutífron não apenas um exemplo de piedade ou um ato piedoso, e sim alcançar a essência daquilo que se pode chamar de piedade. É ainda colocada em pauta à questão da religiosidade, mostrando a partir da discussão qual é a real relação do homem para com os deuses. Para chegar a ao conceito de piedoso ou ímpio, Sócrates parte de indagações, como por exemplo: “E não consideras agora, segundo o que acaba de dizer, que o piedoso é o que é amado pelos deuses? O que é amado pelos deuses é distinto daquilo que os deuses amam?”1. Quanto à relação do homem com os deuses Eutífron afirma que a piedade depende daquilo que se roga e oferta aos deuses, mesmos que essas ofertas e rogos não tenham proveito algum para os deuses. Sócrates questiona essa afirmativa dizendo que se aquilo que é ofertado para os deuses não tem nenhuma utilidade, então se pode dizer que é “inútil” rogar ou ofertar aos deuses para assim se alcançar a piedade.
Encontra-se também no diálogo certa contradição em relação aos conceitos de piedoso e ímpio, devido à associação que Eutífron faz com atos de sua vida particular para definir tais conceitos, como por exemplo, quando ele tenta avaliar o ato que seu pai cometeu que foi de matar uma pessoa, ele associa o ato de julgar o comportamento de seu pai com o conceito de ser piedoso ou ímpio, ou seja, ele diz que o conceito de piedade é relativo, depende do fator de julgamento de um ato para definir piedade ou impiedade. Mas, contudo ele afirma que o piedoso é aquele que agrada aos deuses. Aquele que busca oferecer coisas que sejam do agrado dos