Fichamento Capital
MARX, Karl.
1. O Segredo da Acumulação Primitiva
A acumulação primitiva pode ser considerada como um ciclo vicioso (onde o dinheiro se transforma em capital, por meio do capital a mais-valia é produzida e da mais-valia gera-se mais capital) que antecede a acumulação de capital, desbancando, portanto, as ideias de que a acumulação primitiva sucede a acumulação de capital: ela é o ponto de partida.
Métodos de acumulação primitiva não são bucólicos.
Condições fundamentais da produção capitalista:
1) Possuidores de dinheiro, meios de produção e subsistência;
2) Trabalhadores “livres” (não pertencem ao meio de produção, e o meio de produção não lhes pertencem) e vendedores da força de trabalho.
Acumulação primitiva define-se por “processo histórico de separação entre o produtor e o meio de produção” (pág. 340).
O produtor se torna trabalhador assalariado, quando todos os seus meios de produção e toda a garantia para sua sobrevivência lhe foram roubados, porém aparecem como libertos da servidão.
2. Expropriação do povo do campo e de sua base fundiária
Quase não havia servidão no final do séc. XIV, e no século seguinte a maioria da população era formada por camponeses livres.
O poder do senhor feudal baseava-se na quantidade de camponeses economicamente autônomos que o servia.
Cidades e aldeias foram destruídas para dar lugar as pastagens de ovelhas e casas senhoriais.
- Transformação das terras.
O sistema capitalista queria a transformação do povo servil em trabalhadores de aluguel e de seus meios de trabalho em capital.
- Senhores de terras e arrendatários trabalhariam juntos, pois pouca terra junta tornaria o trabalhador independente – processo de transformação das terras e leis implantadas.
Reforma Protestante:
- A Igreja era a proprietária feudal da maioria da base fundiária inglesa;
- Igreja não ficou imune às transformações de terra;
Os assalariados rurais ainda participavam da propriedade