Resumo do periodo da ditadura militar

É inegável que, nesse período de ditadura militar, houve crescimento econômico no Brasil, saltando do 11º para 8º lugar como economia do mundo. No entanto, esse posicionamento foi obtido mediante um progressivo endividamento externo. O empobrecimento do povo e a concentração de renda progressiva e retroalimentada pela inflação geraram conflitos distributivos, capazes de promover o desgaste do monolitismo dos governos até então discricionários. Na área social, os problemas de agravaram, houve um grande aumento da taxa de analfabetismo. Ianni sintetiza os parâmetros da economia política em três vertentes: planejamento econômico, onde a economia estatal se transformou em poderosa força produtiva, concedendo privilégios a classe dominante, como violência estatal e por fim o capital financeiro, como sendo detentor do monopólio. 1. Nesse cenário é preciso contatar que jamais existiu uma política nacional concentrada no Brasil. O que foi estruturado representa a fragmentação de uma política una em várias faces discrepantes e, às vezes, contraditórias. Sempre tivemos, separadas, políticas educacionais, de previdência social, habitacional, de saúde e assistencial, em geral desarticuladas ou tratadas de um modo burocrático, corporativo ou vagamente assistencialista. As políticas sociais do fim do regime militar não deixaram de caracterizar o sentido fragmentário e inorgânico que tiveram durante tida a história do Brasil. Naturalmente, a questão social deixou de ser “um caso de policia”, como nos tempos da republica velha, mas pouco evoluiu no sentido de instrumentalizar a população pobre de benefícios e existencial sociais genuínos. 2. A questão de transitoriedade do poder dos militares para os civis foi uma questão permeada por contradições. Em Janeiro de 1984, os partidos de oposição e entidades da sociedade civil assumiram a defesa das eleições diretas para presidente da República em 1985. A partir daí, iniciou-se o maior movimento popular do Brasil contemporâneo,