Resumo do livro sindrome do pequeno poder

A SÍNDROME DO PEQUENO PODER
Resumo
A irresponsabilidade no cuidado de crianças como maus-tratos e a exploração sexual marcam nelas momentos dolorosos que os adultos tendem a ocultar porque seriam punidos ou causaria o desmoronamento e a vergonha da família até mesmo se o agressor não for um membro da mesma. O fenômeno da vitimização gera mal-estar nas pessoas, enquanto a vitimação não causa tanto impacto pela ideia de que o grande culpado por isso é a sociedade e governantes, fugindo da responsabilidade como cidadãos. Já a vitimização mostra o contrário, revelando o culpado não de forma abstrata, mas de forma concreta.
Tal como o processo de vitimação, o de vitimização tem suas raízes numa ordem social injusta, na qual as relações sociais são transpassadas pelo poder. A distribuição de renda está mais concentrada, consequentemente com maior número de miseráveis no país. O abandono material pode ser explicado por essa situação, porém esse favorecimento financeiro das minorias não exclui o abandono emocional que muitas crianças sofrem em famílias abastadas. A vitimação atinge exclusivamente filhos de famílias economicamente desfavorecidas, enquanto o processo de vitimização ignora fronteiras econômicas entre as classes sociais. Porém, essa divisão em classes sociais não explica totalmente o fenômeno da vitimização. Existem mais três sistemas de dominação-exploração: o patriarcado, que legitima a assimetria das relações de gênero, a subordinação da mulher ao homem; e o racismo, que permite ao branco determinar o lugar do negro na estrutura social. Nesse conceito, o poder define-se como macho, branco e rico. Isso acaba criando interesses contraditórios entre brancos e negros, homens e mulheres, buscando sempre o oposto de seus interesses. Na relação entre adulto e criança não existe contradições de interesse e sim uma hierarquia a ser respeitada onde o adulto tem total poder para transformá-la em um adulto parecido com ele criando assim um fenômeno de