Resumo do livro luciola
Em cartas que a destinatária, sra. G.M, posteriormente organizaria em livro e faria publicar sob o título de Lucíola, Paulo Dias, o protagonista/narrador/missivista, conta a história de seu relacionamento com uma mulher, explicando inicialmente que não o fazera de viva voz em virtude de, na ocasião de uma visita a que alude, estar presente a neta da própria destinatária, uma menina de 16 anos.
Logo após ter chegado ao RJ, procedente de Olinda, em 1855, com cerca de 25 anos, Paulo foi convidado por um amigo, o sr. Sá, a acompanhá-lo à Festa da Glória, quando lhe atraíra a atenção uma jovem e bela mulher que, de início, em sua simplicidade de provinciano adventício, não identificara como cortesã ( ou prostituta).
Ao ver Lúcia, assim se chamava a mulher, tivera a impressão de já conhecê-la. De fato, à noite lembra-se de que, realmente, já a tinha visto antes, no dia mesmo de sua chegada ao RJ, em um carro elegante puxado por dois fogosos cavalos, e exclamara então para um companheiro de lado: "Que linda menina! Como deve ser pura a alma que mora naquele rosto!" e que gentilmente, após, alcançara-lhe o leque que deixara cair na rua.
Lúcia era, assim, uma mundana de rara beleza e suave aspecto, que faziam parecer uma jovem inocente. Pelo menos, essa foi a impressão de Paulo e que o levou a apaixonar-se, mesmo depois de saber quem era ela.
Tal como a pintou o romancista e se depreende de toda a história, ela era de natureza complexa nas alternativas de sua vida e do seu temperamento. Boa nas intenções, mas devassa na prática da vida que levava; interesseira e avara na conquista do dinheiro fácil e, ao mesmo tempo, generosa ao dar esmolas e na ajuda a parentes; com um passado de luxo e dissipação, se apaixona da maneira mais romântica pelo jovem que nela descobrira bondade e ternura. Enfim, era bem feminina ao parecer tantas numa só. Paulo, no entanto, no entusiasmo da paixão, definiu-a: "Tu és um anjo, minha Lúcia!".
Tendo Paulo visto