Resumo do livro: Da cultura do Corpo - Jocimar Daólio

A profissão de professor de Educação Física desponta sua análise em muitos aspectos, porém poucas vezes foi discutida em seu caráter social, sendo habitualmente ligada ao seguimento biológico. Utilizando-se da Antropologia Social, podemos visualizar a função desse profissional num panorama totalmente contrário, onde através do corpo e a cultura corporal, seu papel se amplia e vai muito além de ser aquele profissional desmotivado e desvalorizado, que muitas vezes não é visto como um ser social com a capacidade muito maior do que apenas rolar a bola e ficar à beira da quadra. Para falar em “Antropologia Social”, temos que considerar este estudo de maneira que comece estabelecendo alguns parâmetros do que é Antropologia, e como será abordado o “olhar antropológico” sobre os professores de Educação Física da rede pública de ensino, que atuam no primeiro grau. No início, a Antropologia vinha carregada de conceitos (ou pré-conceitos), onde o seu enfoque de estudo era procurar dados históricos de civilizações antigas, considerando-as barbáries e olhando-as assim inferiormente. Com o passar do tempo, essa visão antropológica foi tomando outro rumo, quando os pesquisadores passaram a conviver com a população que estava sendo estudada, e vivendo com elas, experimentando de sua cultura, passou a perceber que não era questão de inferioridade ou de superioridade, mas sim, diferença. Tratando de diferenças, é exatamente sobre este aspecto que o professor de Educação Física atua: a convivência com as diferenças e ele (professor) no papel de vencer todo e qualquer tipo de preconceito. E é esse o olhar antropológico do qual falamos, um olhar sem preconceito, onde o observador e o observado ficam na distância correta para que a subjetividade de quem observa, não interfira na caracterização que quem é observado. Traçando um plano de análise sobre o ser social, percebemos a influência que a cultura oferece, e o estudo da Antropologia sob as diferenças culturais e os