Resumo do livro curral da morte

OLIVEIRA, Jorge. Curral da Morte: o Impeachment de sangue, poder e política no nordeste. Maceió. Record. 2010

Alagoas é conhecido por ser um lugar perigoso, berço do “Sindicato do Crime”. No dia 13 de setembro, de 1957, na Praça Dom Pedro I, onde se localiza a Assembleia Legislativa, houve um acontecimento que marcaria a história da política alagoana. Os acontecimentos aqui narrados se deram na Alagoas das décadas de 1950 e 1970. Encontramos ali espalhados por várias cidades: pistoleiros, políticos, coronéis, que matam uns aos outros para manter o poder político econômico local. No miolo dessa história está o poder de uma família: os Mendes, quase dizimados pelas balas de pistoleiros, muitos dos quais, seus assalariados. Grupos de famílias rivais aproximavam-se perigosamente na política através da UDN. O Sindicato do Crime, organização criminosa que defendia os interesses dos políticos e empresários, após eliminar o vereador Benício Alves de Oliveira, eliminaria o deputado estadual Marques da Silva da UDN,o qual havia acusado o governador Muniz Falcão de implantar o terror na cidade de Arapiraca. Muniz Falcão foi eleito deputado federal em 1951 pelo Partido Social Trabalhista, identificou-se com a população mais carente e passou a viver com os mais humildes. Sucedeu no governo do Estado à Arnon de Melo, derrotando Afrânio Lages que tinha apoio dos usineiros e empresários poderosos em 1956. Muniz assume o governo com a disposição de realizar um trabalho em prol do desenvolvimento de Alagoas. Começou a perder força quando apresentou um projeto de lei que criava uma taxa de economia que incidiria sobre os principais produtos extraídos do estado: arroz, fumo, coco e açúcar, para melhoria pública. Isso resultou numa revolta por parte dos deputados, usineiros, empresários e latifundiários. Adorado pelos funcionários públicos, Muniz era odiado pela elite que resistia