Resumo do Livro boca do inferno
O alcaide-mor da Bahia, Francisco Teles de Menezes, é assassinado, além de ter o seu braço decepado.
Vieira toma conhecimento do crime do alcaide-mor e dos interesses que estão por trás desse assassinato, interesses inclusive da sua família, ou seja, é testemunha de tudo que aconteceu. E justifica o assassinato e o seu comportamento quando diz:
“A virtude está subordinada aos interesses do reino. A religião já não significa alheamento ao mundo, não para mim. O maior pecado é a omissão. Portanto, não sofras com o que está acontecendo. Cabe a Deus julgar os atos dos homens mas cabe aos homens agir conforme sua própria consciência” (46:1989).
O governador conhecido como Braço-de-Prata, começa uma caçada à família Ravasco e aos outros partícipes do assassinato, com a ajuda dos dois desembargadores da cidade. Ele considera Vieira o seu principal inimigo, acusando-o inclusive de tramar a sua morte, jura, então, acabar com o padre. Também diz Vieira sempre foi considerado um homem rendido ao poder econômico, pelo fato de proteger os judeus, que representavam a riqueza e que a sua defesa aos índios representavam os interesses da Compainha de Jesus.
Além disso Vieira também se mostra muito crítico ao comportamento dos colonos da cidade, dos sacerdotes, da igreja e aos políticos. Ele diz:
“Hipócritas. Os que ser curvam hoje à minha passagem amanha me farão alvo de todas as setas. (...) Detesto as litanias fastidiosas. Não sou mais um daqueles sacerdotes de perna peluda celebrando a missa com cálice de cornos de touros. (...) os beatos são a peste da salvação e da consciência, as igrejas deviam ser transformadas em prisões e hospitais. Nossos homens públicos são ou contemplativos ou ladrões” (64:1989).
O padre se coloca na posição de