Resumo do Capítulo II da obra Causas da Revolução Inglesa, 1529-1642 de Lawrence Stone
IFCH – Departamento de História
Disciplina: Moderna II Moisés Silveira Ibiapina Resumo do Capítulo II da obra Causas da Revolução Inglesa, 1529-1642 de Lawrence Stone
O britânico Lawrence Stone nos apresenta no referido capítulo de sua obra uma reflexão, ou melhor, um grande debate entre os historiadores de seu período baseado em diferentes correntes e ideias historiográficas. Este confronto também embarca na questão dos métodos e formas de como estes pesquisadores discutiram as pressões sociais na Revolução Inglesa. O autor define que esta historiografia passou por quatro momentos.
O primeiro é a narrativa política sendo S. R. Gardiner sua principal referência. Um pouco antes da Segunda Guerra sua visão whig passou a ser contestada por marxistas que acreditavam num conflito entre a burguesia ascendente em as classes feudais em decadência. Nos pós guerra a historiografia tem uma espécie de renovação nesta temática. As monografias e demais trabalhos com maior qualidade começam a florescer no meio acadêmico. Isto possibilitou a chegada à “verdade – verdade parcial, imperfeita e provisória” (pp.72).
O objetivo central deste capítulo é discutir as origens sociais da Revolução Inglesa do século XVII. Este debate tem início em 1940 com R. H. Tawney que explica que a mudança na posse da propriedade provocou a ascensão de uma classe nova neste cenário – gentry e em contrapartida culminou no declínio dos senhorios rurais. Sustentou tais argumentos em séries estatísticas. Em 1948, Stone publica um artigo1 em que atribui aos gastos excessivos e não a uma gestão ineficiente da terra, as causas do declínio aristocrático, afirmando que aproximadamente dois terços dos nobres da corte elisabetana estavam à beira da falência. Esta realidade só foi aliviada com as medidas de Jaime.
A partir deste artigo, a figura de Trevor-Roper aparece como um contra ponto a tese de Tawney e as ideias de Stone. Em primeiro