Resumo do Artigo
São extensos os estudos e teorias sobre a leitura, compreendê-la exige habilidade, interação e trabalho. Orlandi afirma a existência de um leitor que é real (que lê o texto) e um virtual (é quem o autor imagina que irá ler). A partir daí, ocorrem importantes processos e aspectos que levam a significação de um texto: a dinâmica do processo, denominada relação de interação entre os interlocutores, que é onde o leitor interage com outros mediados por objetos; os modos de leitura, onde forma-se relação entre leitor e texto; o implícito em que devemos observar não apenas o que está dito e levar em consideração o lugar social dos interlocutores (relações de força) e a intertextualidade, que se trata da relação existente, possível ou imaginária de um texto com outro. Segundo Orlandi, os domínios da leitura devem estar integrados. Onde a autora afirma, nesta perspectiva, a existência de três reducionismos com a leitura: A escola induz o tratamento da leitura apenas em termos de estratégias pedagógicas muito imediatistas; A distinção de classes sociais na relação com a escola e a leitura e, a leitura é vista como decodificação, e não apreensão. Sobre às diferentes formas de linguagem e no que diz respeito à elas, a escola contemporânea vem se incorporando ao ensino de textos da mídia, visando obter ajuda para tornar-se crítica. Em relação à história de produção de leitura podemos observar sua previsibilidade pela sedimentação de sentidos, a intertextualidade e o histórico de leituras realizadas, entretanto, não é somente previsibilidade, a imprevisibilidade permite compreender um texto em seus vários sentidos. O leitor pode compreender nessa perspectiva, o mínimo ou o máximo do texto. Essa conclusão se dará a partir da análise da relação do texto e do leitor no meio histórico-social, cultural e ideológico. É preciso cuidado por parte do professor