Resumo do 3º capítulo do livro Norma culta brasileira:Desatando aluns nós
1224 palavras
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Referência bibliográfica:FARACO. A. C. “A questão gramatical e o ensino do Português (capítulo três)”. In: Norma culta brasileira: desatando alguns nós. Editora Parábola, 2008
De acordo com o Faraco, desde os primeiros dias de nossa vida escolar somos estigmatizados pela gramática, por suas regras, pela artificialidade de como ela é apresentada e seu distanciamento em relação à maioria dos falantes no Brasil.
Com o passar dos anos, dúvidas em relação ao que é certo escrever ou falar ainda nos afligem. Essas dúvidas também se apresentam no campo profissional se nos tornamos professores, já que enfrentamos o seguinte dilema: ensinar ou não ensinar gramática? Grande é a frustação, pois apesar dos esforços os alunos não conseguem aprender.
O autor sugere que nós, como cidadãos e como professores, livremo-nos desses estigmas e superemos a cultura do erro, criando assim condições para um ensino mais eficaz e eficiente da língua portuguesa nas escolas e que se atente as reais necessidades socioculturais da população brasileira. Entretanto para fazê-lo de forma eficaz, o autor aborda fatores históricos e suas razões de ser.
Desde a antiguidade o estudo gramatical é realizado por babilônios, hindus e chineses. Não obstante, os gregos e os romanos formam os que mais se dedicaram, ampliando e refinando esses estudos.
Influenciados pelas práticas jurídicas e políticas, atenienses e romanos realizavam debates. Com a intenção de vencer os debates, desenvolveram o domínio das habilidades de fala em público, da expressão mais adequada ao propósito, das figuras de linguagem e de sustentar bem os argumentos. Desta forma, nascia a retórica.
Paralelo a esse fato, desenvolveu-se reflexões de caráter filosófico, advindos de Platão, Aristóteles e também de filósofos estoicos. Especulavam sobre a própria origem das palavras, investigaram aspectos da língua para a obtenção de conclusões válidas e para isso elaboraram a análise sintática das sentenças (sujeito e predicado).