Resumo Diamante

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Geociências Departamento de Geologia Mineralogia III

Por Flávia Lima e Lívia Campos

Os Diamantes Naturais e Sintéticos

Mineralogia

O diamante é um cristal sob uma forma alotrópica do carbono, de fórmula química C. Pertence ao sistema Isométrico e à classe hexaoctahedral. Quanto à classificação sistemática, ele pertence á Classe dos Elementos Nativos, Subclasse dos Minerais Nao Metálicos.
Ele tem uma estrutura excepcionalmente unida e com ligações fortes, na qual cada átomo de carbono está unido com poderosas ligações covalentes e altamente direcionadas a quatro carbonos vizinhos, dispostos nos vértices de um tetraedro regular. A estrutura resultante, embora fortemente ligada, não está empacotada compactamente e somente 34% do espaço disponível está cheio. A presença de camadas de átomos de carbono amplamente espaçadas está paralela a {111}, que indica uma clivagem octaédrica perfeita do diamante. As camadas {111} são planos de máxima concentração atômica.
É reconhecido por seu brilho adamantino e dureza igual a 10. Pode-se apresentar em variadas cores, como explicado nas propriedades químicas e físicas desse mineral. O diamante pode apresentar formas simples, combinadas, irregulares ou estarem geminados.
O diamante, devido à sua elevada densidade relativa e empacotamento bastante compacto, como é esperado, é o polimorfo de alta pressão do carbono. Em baixas pressões ou temperaturas, é instável em relação à grafita e pode ser convertido em grafita em temperaturas moderadas. A razão para que o diamante e a grafita possam coexistir em temperaturas e pressões ambientes é porque a reação polimórfica reconstrutiva entre os dois minerais é muito lenta. Para permitir a mudança da grafita em diamante, temperatura extremamente alta, ou seja, alta energia de ativação, é necessária para causar a quebra dos átomos de carbono na