Resumo de Semiologia
AULA 01 – EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR
1) Ictus Cordis
O ictus cordis também conhecido como impulso apical ou choque de ponta, traduz o contato da porção anterior do ventrículo esquerdo com a parede torácica durante a fase de contração isovolumétrica, do ciclo cardíaco. Durante essa fase, o coração se aproxima da parede torácica e logo após, inicia-se a ejeção ventricular, responsável pela diminuição do volume ventricular e consequentemente, ao afastamento do coração da parede torácica.
LOCALIZAÇÃO:
Em decúbito dorsal: 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular.
Em decúbito lateral esquerdo: sofre um pequeno deslocamento de cerca de 2cm, lateralmente, em direção à axila.
AVALIAÇÃO: Ausência de mobilidade: sugere pericardite constritiva.
Grande deslocamento do ictus: sugere hipertrofia do VE.
EXTENSÃO: Ocupa uma extensão em torno de duas polpas digitais (cerca de 2 a 2,5cm), ocupando no máximo um ou dois espaços intercostais.
AVALIAÇÃO: Se a extensão ocupar mais de duas polpas digitais em decúbito dorsal sugere hipertrofia do VE.
DURAÇÃO:
É um fenômeno que se manifesta precocemente na sístole (fase de contração isovolumétrica) e deve ser simultâneo, ou mesmo preceder a percepção do pulso carotídeo.
AVALIAÇÃO: Duração prolongada, pacientes com comprometimento da ejeção ventricular, como ocorre em portadores de estenose valvar aórtica.
FORMA:
ICTUS GLOBOSO: aumento da extensão e duração.
ICTUS IMPULSIVO: extensão e localização preservadas, duração aumentada.
RITMO:
Deve ser realizada com a palpação simultânea do pulso arterial carotídeo. Permite o diagnóstico de distúrbios do ritmo (FA, extrassístoles), pois a duração e intensidade do ictus podem variar minuto a minuto.
2) Perfusão Periférica
É valiosa para determinar a presença de débito cardíaco, adequado às necessidades metabólicas do organismo. São avaliadas várias características como: temperatura, coloração e grau de enchimento das