resumo de relatorio de direitos humanos
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Os hospitais falam de 10 mortos e dúzias de feridos em Maputo e Matola, enquanto a polícia ameaça com repetir amanhã se a população protestar. A população com menos recursos económicos de Moçambique, que já tem condições muito difíceis, é a que mais sofre o constante crescimento do custo da vida, que é verificável na taxa de inflação do passado mês de Julho de 2013: 16,1 Por cento. Perante o aumento dos preços da água e da luz que hoje entrava em vigor, e o previsto para o dia 6 de Setembro para o pão, a situação explodiu. Tudo começou com a greve desta madrugada nos transportes públicos. Os conflitos começaram nos bairros periféricos da capital, mas aos poucos foram-se deslocando para o centro. De manhã, Maputo ficava parado. Bairro ferroviario das mahotas e mavalane eram as zonas onde os conflitos estavam a ser mais itenços. As lojas fechavam as portas, igual do que os bancos. As estradas cortadas, pneus a arder, pedras...
A polícia protegia a dependência do Millenium Bim no bairro de Magoanine. Porém, essa mesma polícia não tinha tanto cuidado com os manifestantes: de manhã utilizavam balas reais, não de borracha nem lacrimogénios. O resultado eram inúmeros feridos e mesmo pessoas mortas que chegavam aos hospitais da cidade. O terror a umas condições ainda piores enviaram o povo à rua, e o chefe da polícia moçambicana, Jorge Kalau, não fazia mais do que confirmar o que nessa altura já tinha sido verificado: