Resumo de problematização do conceito "qualidade" da informação
"Qualidade" da Informação
Isis Paim, Rosa Maria Quadros Nehmy, César Geraldo Guimarães
Perspec. Ci. Inf., Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 111-119, jan./jun. 1996
"Qualidade significa ir de encontro às necessidades do cliente." (CROSBY) "Qualidade é adequação ao uso." (JURAN)
"Qualidade é aquilo que o cliente percebe quando sente que o produto ou serviço vai de encontro às suas necessidades e corresponde às suas expectativas. "
(TOWSEND)
"Qualidade é a totalidade das propriedades e características de um produto ou serviço que lhe conferem habilidade para satisfazer necessidades explícitas do cliente." (Norma ISO 8402 - Vocabulário da Qualidade)
Igualmente insatisfatórias, as demais definições enfatizam adequação ao uso, ou necessidades e expectativas do cliente, atributos do processo produtivo de serviços e produtos, o que também não define propriamente a noção de qualidade. Mesmo a definição constante na Norma ISO 8402 apresenta a mesma deficiência.
Essas características - superficialidade e inadequação do conceito - reproduzem-se no tema qualidade da informação1 , conforme se pode verificar numa breve revisão da literatura sobre o assunto.
A qualidade da informação é considerada como uma categoria multidimensional.
Embora haja predominância da utilização da palavra qualidade nos textos de autores da área gerencial, pode ocorrer uma inversão de lugar, adotando-se o valor como a categoria mais ampliada e a qualidade como um de seus aspectos, como é o caso da classificação de TAYLOR (1985), para quem a qualidade é vista como um dos fatores do valor agregado da informação.
Uma advertência vinda de TAYLOR (1985) refere-se à confusão costumeira de se tomar de modo conjunto a avaliação do produto da informação e dos serviços de informação, considerando-se a qualidade ou valor em relação a duas entidades diversas, misturando-se critérios relativos ao conteúdo da mensagem com o desempenho do serviço.
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