Resumo de livro investigações sobre políticas educacionais

1 Algumas palavras sobre investigação em política educacional

Jenny Ozga apresenta-nos neste capítulo algumas ideias sobre o que ela entende acerca de investigação em política educacional.
Argumenta que uma das pretensões é analisar o termo “política”, que tem sido compreendido muitas vezes sob diversos modos bem como sob a perspectiva de quem investiga.
Contrapondo-os aos que entendem política como ações de Governo para consecução de determinados objetivos educacionais, Ozga a concebe como um processo que envolve múltiplos atores: instituições, salas de aula, departamentos regionais de educação, etc.
A autora visa retirar a “política” do seu pedestal e demonstrar que ela é acessível à comunidade geral, permeando a busca de um projeto democrático de educação, capaz de tornar o cidadão o principal partícipe.
Para Ozga, no chão da escola professores são construtores de política, porque influenciam a interpretação que se faz das diretrizes governamentais e envolvem-se em questões políticas seja a nível nacional das diretivas formais, seja a nível informal, na arena da relação professor-aluno. No mesmo sentido, o aluno pode ser integrado se for levado a se envolver na aplicação destas diretrizes na escola onde estuda, pondo em prática políticas filosóficas de antiviolência e igualdade de oportunidades.
Jenny acredita que as investigações sobre política em educação devam estar disponíveis a toda uma gama de pessoas, e que tais investigações não precisam ser efetuadas apenas a nível governamental, mas em nível de atores envolvidos no processo.
Ademais, a investigação sobre política educacional , segundo ela, definida amplamente, e no espírito de contestação que defende, tem o potencial de desafiar as tendências de despolitização e de ajudar a restabelecer algum sentido de solidariedade.
Encara, portanto, a investigação em política educacional como uma importante fonte para a comunidade educativa e, como dever e direito de todos os profissionais da educação,