resumo de hipertextos e gêneros digitais
Como era de se esperar, as mudanças nas práticas sociais mais amplas afetaram e foram afetadas por novas práticas letradas. A literatura atual tem procurado entender os impactos dos novos gêneros textuais que surgem no contexto digital, porém ainda não há consenso quanto à negatividade e a positividade nas mudanças observadas.
Há estudos que alertam que uso das “redes” para a construção do conhecimento pode ser problemático por oferecer excesso de informações, porém alguns autores afirmam que a comunicação nesse meio é potencialmente mais democrática e centrada no leitor.
Uma das características que alteram a natureza do texto na tela é a interatividade, porém é bom lembrarmos, como indicam Burbules e Callister (2000) que os links eletrônicos que possibilitam essa interatividade, geram uma organização textual que não é nova já que recupera e expande formas de relações inter e intra-textuais já explorados nos textos impressos, principalmente os de natureza acadêmica. No entanto na tela essa relação é centralizada na estrutura do texto.
O que difere o texto do hipertexto não é apenas a tecnologia, mas a expectativa que o hipertexto nos dá de que haverá links atrelados aos diferentes segmentos textuais, e a interação entre esses segmentos sem uma sequência padrão, oferecendo ao leitor unidades de informação. Isso faz com que o autor tenha menos controle sobre seu texto e sobre a direção oferecida ao leitor virtual.
Quanto ao uso do hipertexto no contexto pedagógico; a sua leitura exige a participação do leitor na construção da coesão e da coerência, nos diferentes segmentos textuais acessados, já que a linearidade inviabiliza inserir certas marcas coesivas, com isso a coerência textual deixa de ser orientada pela apresentação de sequência de argumentos.
Na contrução de hipertextos pedagógicos é preciso que ele tenha forma complexa, aberta e flexível, porém esse tipo de texto, só será útil para leitores com um