RESUMO: DANIEL MILLER, CONSUMO COMO CULTURA MATERIAL

1546 palavras 7 páginas
RESUMO: DANIEL MILLER, CONSUMO COMO CULTURA MATERIAL

A oposição à cultura material
O texto começa descrevendo como o conceito de consumo tem sido abordado de forma negativa pelos acadêmicos (com exceção à alguns economistas). Segundo o autor, estes acadêmicos supõe que consumo representa o moderno consumo em massa, sinônimo de perigo para a sociedade e meio ambiente. Todavia, o crescimento do consumo também pode simbolizar a abolição da pobreza e desejo por desenvolvimento.
Em seguida, o artigo faz uma comparação entre produção e consumo. Produção está associada com a criatividade e o quê constrói o mundo. Por outro lado, o consumo é visto como uma doença definhadora. Segundo Marx, o consumo envolve o gasto de recursos e sua eliminação do mundo, enquanto artes e artesanato são considerados como a manufatura do valor. Porém, estes dois conceitos, na verdade, são interdependentes. Desta forma, o debate moral acerca do consumo é bastante antigo, mas adquire novas dimensões quando aplicados à modernidade. Por exemplo, com respeito à crítica ambientalista contemporânea. A crítica foi muito mais direcionada ao consumo em si, do que na forma de se produzir.
Desta forma, o artigo resgata os motivos, bem profundo e antigos, pelos quais o consumo é visto como atividade maligna. Por exemplo, este próprio termo tem um significado alternativo para tuberculose. Além disso, no cristianismo medieval, que certamente não foi uma época extravagante, a consideração do consumo estava enormemente dirigida à questão da luxúria. Também havia leis religiosas semelhantes na China e Índia antigas. Por exemplo, no hinduísmo, budismo e jainismo era até mais claramente desenvolvida a ideia de que a realização dos desejos através do consumo levava ao desperdício da essência da humanidade em mero materialismo. Na Índia a evitação do materialismo, que veio cobrir quase qualquer envolvimento com o mundo material, tornou-se essencial para a busca pela iluminação espiritual. Qualquer

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