Resumo da sindrome de burnout

Fatores Ocupacionais Associados aos Componentes da Síndrome de Burnout em Trabalhadores de Enfermagem

Karina Correia de Veras

O presente estudo, realizado pelas profissionais da área da saúde Meneghini, Paz e Lautert, enfoca os três componentes da Síndrome de Burnout em trabalhadores que atuam na aérea de assistência hospitalar. Tal síndrome é produto de prolongados níveis de estresse no trabalho e foi observado pelas pesquisadoras através de um estudo transversal, realizado num hospital da Serra Gaúcha. As autoras contaram com uma amostra de 164 trabalhadores de enfermagem. O estudo concluiu que a manutenção de condições adversas ao trabalho gera estresse, obrigando o trabalhador a desenvolver mecanismos adaptativos que, por vezes, não são eficazes, e que acabam por conduzir ao desenvolvimento da síndrome. O estresse ligado ao trabalho chama-se estresse ocupacional e se refere à falta de capacidade do trabalhador de se (re) adaptar às demandas existentes no trabalho. Os principais fatores que desencadeiam o estresse envolvem aspectos da organização da administração, do sistema do trabalho e da qualidade das relações humanas. O estudo realizado pelas três pesquisadoras apresentou os seguintes resultados: predominância do sexo feminino, próprio da força de trabalho em enfermagem; a média de idade dos trabalhadores encontra-se no ciclo de adulto jovem, demonstrando que a enfermagem é, nas instituições hospitalares, uma profissão cuja maioria dos profissionais é composta por jovens. Na investigação predominou a motivação para o exercício do trabalho. As relações de trabalho também são responsáveis pelo sofrimento e prazer e, em decorrência podem causar benefício ou malefício, tanto para o trabalhador quanto para os sujeitos atendidos pelo mesmo. A pesquisa afirma que os trabalhadores da enfermagem estão sujeitos a condições inadequadas de trabalho, como por exemplo, jornadas prolongadas, excesso de tarefas, ambiente físico inadequado, baixa