Resumo da invenção da imprensa
É indiscutível a importância da imprensa para a informação. Sua invenção é constantemente associada à pólvora e à bússola. Francis Bancon vinculava a imprensa ao progresso do conhecimento. A comemoração de centenários era extremamente rara antes de 1617, entretanto, em 1640, ocorreu uma celebração para o bicentenário da invenção de Gutenberg. Que coincidiu com a publicação de dois estudos da história da imprensa, um de Mark Boxhorn e outro de Bernhard Von Mallinkrot, ambos enaltecendo a nova invenção. Nesse artigo o autor procura mostrar os pontos positivos causados por essa invenção como sendo um modo de garantir o suprimento de textos para atender sua crescente demanda no final da Idade Média, uma epoca em que o número de homens e mulheres alfabetizados estava aumentando. Mas também, examina algumas consequências imprevistas da invenção, seus efeitos colaterais, os problemas que com ela surgiram. Havia uma parcela da população que temia que a imprensa a privaria de seu meio de trabalho, como: copistas e os “papeleiros” e os cantores contadores de histórias profissionais. Os eclesiásticos, por sua vez, temiam que esse novo invento estimulasse os leigos comuns a estudar textos religiosos por conta própria em vez de acatar o que lhes dissessem as autoridades. O que acabou ocorrendo no século XVI, na Itália, onde todos reivindicavam o direito de interpretar as escrituras. A criação do Índice Católico dos Livros Proibidos foi uma tentativa de lidar com esse problema. Na Suécia protestante, no século XVII, a Igreja organizou uma campanha de alfabetização com o intuito de incentivar a leitura da Bíblia, porém, com a publicação de livros baratos as pessoas não se restringiram à leitura da Bíblia. Governos autoritários também tiveram problemas com o aumento de leitores, pois se não respondessem as críticas feitas por jornais poderiam dar a impressão de que não