Resumo da crise de 2008
Salvo raras exceções, o mundo todo deve entrar em um período de forte recessão econômica. As conseqüências e a profundidade desta crise, contudo, só não serão maiores porque governos das principais potências mundiais estão injetando uma fabulosa soma financeira nas suas economias. Basicamente, os governos das nações desenvolvidas estão comprando ações, ativos e dívidas das instituições financeiras, garantindo depósitos bancários dos clientes das instituições e provendo liquidez para os empréstimos interbancários.
Os números das operações de salvamento das instituições rentistas são impressionantes. Nos Estados Unidos (EUA), a administração de George W. Bush aprovou, no início de outubro de 2008, um pacote no valor de US$ 850 bilhões para socorrer bancos, seguradoras e fundos de investimento em sérias dificuldades financeiras. Empresas de grande porte, como Citigroup, JP Morgan, Bank of America, Goldman Sachs e outros, receberam, cada um, uma ajuda de bilhões de dólares para liquidar ativos podres dos seus balanços e, em alguns casos, para a compra de pequenos e médios bancos, medida que irá centralizar ainda mais o capital nas mãos de uma pequena elite rentista.
Dentro deste aporte bilionário, estão previstas medidas que surpreenderam a muitos, inclusive do próprio mercado financeiro e dos setores neoliberais mais radicais. O governo dos EUA, contrariando todo o receituário (neo)liberal, estatizou algumas das principais instituições financeiras do país, como a seguradora AIG e as empresas de empréstimos hipotecários Freddie Mac e Fannie Mae.
A este pacote aprovado, podemos somar os cerca de