RESUMO CRITICO
O capítulo “As festas da Ordem” do autor Roberto DaMatta, faz uma relação entre as festas da ordem (Rituais religiosos, cívicos etc.), mostrando sua importância e suas características e as festas da desordem (Carnavais e orgias), tentando apontar suas semelhanças e, principalmente, as diferenças. O autor define as festas da desordem como promotoras de desigualdade, onde tudo que sequer é unir as massas em uma só expressão. Já nas festas da ordem, as relações sociais são mantidas, tal como no mundo diário, com suas diferenças. Onde em uma festa de carnaval ou orgia não se tem como diferenciar classe, logo que, todas as pessoas estão igualadas e ambas partilham o momento da mesma forma, em um ritual religioso, por exemplo, vê-se claramente o predomínio de classes e diferenças, ou seja, ele ressalta o carnaval promotor de igualdades e supressão de fronteiras e as festas religiosas como promotoras da glorificação e manutenção dessas fronteiras. DaMatta ressalta também o corpo e o espírito em ambas as festas, onde, em um ritual orgiástico, é totalmente necessária a interação corpo e espírito, pois, só se pode estar ali por completo, em rituais religiosos nem sempre o corpo e o espírito participam, ou seja, uma pessoa pode estar de corpo presente em uma missa, mas, com o espírito bem longe dali, daí o autor explica o uso de gestos pré estabelecidos e da contenção física nesses rituais. É ressaltada também a hierarquização existente em uma festa da ordem, em uma parada militar, tal como em um ritual religioso, ou até mesmo em uma festa de aniversário, nota-se claramente uma diferenciação entre quem é o autor e quem é o espectador, o que é visivelmente representado pela corda que separa o santo e as autoridades eclesiásticas dos fiéis em uma procissão, a demonstração de obediências dos soldados para com seus superiores em um ritual cívico, e, até mesmo,