Resumo CPC 12
A realidade na atual conjuntura em que vivemos nos mostra que precisamos delas mais do que imaginamos, especialmente em um país no qual, vemos nossos valores éticos e de cidadania serem atropelados quase todos os dias, principalmente por muitos daqueles que mais deveriam preservá-los, exercê-los e defendê-los. Além do mais, no contexto do mundo contemporâneo, vivemos uma crise de valores de um modo geral, que desperta nas pessoas, sentimentos de indignação e revolta. Torna-se mais difícil as pessoas terem a certeza do que é certo ou errado, especialmente em um país como o Brasil, no qual os casos de corrupção brotam como capim, a cultura da esperteza toma o lugar da cidadania e o “levar vantagem em tudo” toma o lugar da ética.
Vemos ocorrer uma espécie de inversão de valores, onde o certo é ser esperto e ser honesto é ser otário. A impunidade nos deixa mais indignados ainda, quando vemos mandantes de assassinatos impunes, corruptos impunes, crimes de trânsito impunes, agressores de empregadas domésticas, assassinos de índios e mendigos impunes ou com penas tão leves, que não vemos a justiça ser feita.
Por outro lado, admiramos pessoas que acham um pacote de dinheiro na rua, em uma rodoviária, em um aeroporto ou em um supermercado e devolvem o achado intacto, sem faltar um centavo. Diante da injustiça e de situações que ferem a dignidade humana, passamos por uma “experiência existencial” de revolta. Vivenciamos uma “indignação ética”, frente a absurdos revestidos de normalidade. Para eles, sem esta indignação, seria difícil vislumbrarmos e construirmos um futuro melhor que o presente.
Tais indagações não só revelam nosso senso moral e nossa noção de moralidade, como também colocam “à prova