Resumo CONOSUR final
Contemplado por um modelo socioeconômico avançado, a expressão “Suíça da América
Latina” demonstrava a percepção e o orgulho do povo uruguaio. Contudo, a partir da metade do século XX problemas estruturais (dificuldades econômicas, sociais e políticas) fragilizaram este modelo. Neste país de tradições democráticas, o autoritarismo demorou a ser implantado, porque até mesmo setores mais conservadores da sociedade repudiavam esta forma de governo. Com a instauração da ditadura civil-militar, os mecanismos que caracterizaram os regimes autoritários latino-americanos foram postos em prática. Posterior ao regime, através de um plebiscito, triunfou o esquecimento, o assunto tornou-se proibido no imaginário coletivo até o início do século XXI. No primeiro governo de esquerda da história, a publicização de graves violações aos Direitos Humanos vieram à tona e foram colocadas no centro da discussão. De origem revolucionária, autointitulado como lutador social da América Latina, José “Pepe” Mujica saiu vitorioso da eleição de 2009, confirmando a ascensão do seu partido. Além de indicadores sociais expressivos, há um debate amplo sobre questões delicadas para a sociedade “avançar ou retroceder”. O objetivo desta proposta é mostrar como o Uruguai, país modelo e democrático, pôde degringolar em problemas estruturais que abriram caminho para as aspirações da extrema-direita fascista; a importância da vitória da esquerda uruguaia no século XXI em trazer para discussão assuntos questionados no cenário internacional e o diferencial de Pepe, com seu estilo de vida humilde que se reflete no desenvolvimento social de seu país. Como método foi utilizado pesquisa bibliográfica com análise de documentos e material audiovisual. Os temas abordados são o modelo avançado até a metade do século XX; o retrocesso democrático; as práticas autoritárias que caracterizaram as ditaduras latinoamericanas; os governos posteriores e a vitória do esquecimento; a vitória da Frente Amplio,
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