Resumo Conceito Linguístico da Palavra
1. Relatividade do conceito de palavra
É uma palavra impossível de conceituar de modo universal, seus conceitos foram seriamente questionados em 1948 no VI Congresso Internacional de Linguística, ideia inviável, “uma vez que abandonada a noção de palavra, todas as noções básicas, construídas em torno dela e sobre ela, perdem o pé.”; pois “o sistema da gramática clássica foi montado em torno do eixo palavra-frase que, com o abandono de um de seus polos, desmorona.”.
Bloomfield (1948) em sua obra clássica “Language” propôs conceitos como “morfema” – forma significante mínima e recorrente; e a “forma livre mínima”. Ex: writer, palavra de forma livre mínima, porém, com afixos “er”.
Para Biderman, o conceito de palavra se situa entre uma “unidade mínima gramatical significativa (morfema) e uma unidade sintagmática maior, o sintagma.” E ainda completa afirmando que uma unidade léxica só pode ser identificada e conceituada no interior de cada língua, pois “os dados factuais de cada língua não permitem que formulem uma única definição válida para todas.”.
2. Do morfema ao Enunciado (morfema x palavra)
Das correntes estruturalistas que marcaram a linguística, Harris (1968) foi o mais radical. Ele ignorou o conceito de palavra e considera que a linguística deve utilizar o conceito de morfema como operador básico, e que os enunciados seriam simplesmente combinatórias e somatórios de morfemas.
O conceito de morfema é mais preciso do que o de palavra, mas o “fato de o morfema ser uma forma recorrente que mantém o seu significado” explica o porquê desse operador gramatical ser um instrumento necessário e básico na descrição e análise de línguas, ao passo que a palavra é impossível de se definir de modo universal.
3. A Delimitação da palavra. Critério Fonológico, Morfossintático e Semântico
Vários são os critérios para delimitar a